Surgimento de Porto União

Em 1917, surge Porto União como terra catarinense. No dia 5 de setembro de 1917, com a presença do Secretário Geral do Estado de Santa Catarina, Dr. Fúlvio Aducci, tomam posse o primeiro prefeito de Porto União, Dr. César de Almeida, e os primeiros Conselheiros Municipais. Na mesma ocasião foram eleitas as várias Comissões como Fazenda, Obras Públicas, Instrução Pública, Beneficência e Segurança; foram lançados os primeiros impostos e criaram-se os cargos de tesoureiro, secretário, porteiro, procurador, zelador do cemitério. Foram criados os Distritos de Paz de Porto União, São João e Vila Nova do Timbó. Foi mudada a sede do Distrito de Vila Nova do Timbó para o povoado de Valões (Irineópolis).


O município era composto por terras que hoje são dos Municípios de Matos Costa, Irineópolis e um pedaço de Caçador. Nesse mesmo ano foi inaugurado o trecho da estrada de ferro Porto União — São Francisco do Sul. Em 1918, foi nomeado o Superintendente de Porto União, Euzébio Correia de Oliveira, e é criado o Código Municipal de Postura. Foi feito o contrato para a instalação de linha telefônica na cidade.


A Lei n° 12, daquele mesmo ano, criou o Distrito de Nova Galícia. Foram, ainda, aprovados o Regimento Interno, a Lei Orgânica e Contrato para a instalação da luz elétrica na cidade. Em 1919, foram colocados os marcos divisórios entre Paraná e Santa Catarina. No ano seguinte, foi dado auxílio para a construção da Matriz.


Devido à discordância que reinava entre os dois Municípios, os prefeitos de Porto União e de União da Vitória resolveram, no dia 5 de maio de 1921, firmar um convênio por meio do qual o prefeito de Porto União obrigava-se a pagar uma quantia de, aproximadamente, 16 mil réis à Comarca de União da Vitória, por dívidas de benfeitorias realizadas aqui. A prefeitura de União da Vitória, por sua vez, obrigava-se a abrir mão de qualquer direito que, por ventura, tivesse sido omitido no acordo de 1916. Em 1924 foi instalada a luz em Valões. Dois anos depois, em 1926, passou por Porto União o Dr. Washington Luiz Pereira de Souza, presidente do Brasil. No mesmo ano a cidade é visitada pelo Bispo Dom Joaquim Domingos de Oliveira e é criado o Distrito de Santa Cruz do Timbó. 


No ano de 1927 foi criado o Distrito de Santelmo, atualmente pertencendo a Caçador. Entre 1930 e 1945, Porto União sofreu os impactos da Revolução Getulista, acompanhada da Ditadura. Getúlio Vargas esteve em Porto União no dia 16 de outubro de 1930, ficando hospedado no hotel da Praça Hercílio Luz. Quando, da sacada do Prédio, falou ao povo.


Sofria, também, as consequências funestas da 2ª Guerra Mundial, época em que havia falta de muitos produtos e o racionamento de tantos outros. Quase não havia açúcar, café, sal, querosene, óleo para veículos etc. As pessoas precisavam pegar fichas para adquirir tais produtos.

 

O óleo para motores precisava ser trazido de São Mateus do Sul, PR. Lá, naquela época, já havia pessoas que extraíam óleo do xisto. Nesse período, porém, destacou-se o governo do Sr. Helmutt Müller, pelo grande impulso à instrução (construção de escolas em muitas comunidades), melhoramentos urbanos, viação rural, fomentos agrícolas e melhoria da situação financeira. Foi iniciada a construção da estrada para São João, atual Matos Costa.


Os anos do pós-Guerra trouxeram para a cidade um novo impulso industrial, principalmente no setor da madeira, tendo em vista a abertura das exportações. Na década de 50 a cidade era servida pelos serviços aéreos da Cruzeiro do Sul, da Real e da Varig, ligando o município com todo país. Enquanto as aeronaves usavam o campo de aviação de União da Vitória, iniciou-se a construção de um outro campo para pouso no Capão Grande, hoje Área Industrial, que nunca foi concluído. Naquela mesma década, instalou-se na cidade uma fábrica de tecidos que fechou na década de 70. O maquinário foi vendido ao polo têxtil de Santa Catarina. Em 23 de abril de 1962, pela Lei n° 519, Matos Costa foi desmembrado de Porto União, tornando-se município.


Nessa mesma época, pela Lei n° 820, de 23 do mesmo mês de abril de 1962, foi, também, desmembrado o Município de Irineópolis, instalado no dia 22 de julho de 1962. Em 1967, Porto União comemorou o cinquentenário de sua Emancipação Política, com grandes festejos e eventos que marcaram a vida da cidade. Mais tarde, na década de 70, foi iniciada a construção da Rodovia Transbrasiliana BR 153, que facilitou a comunicação com todo o país, auxiliando na exportação dos produtos, na locomoção de passageiros e no aumento das linhas de transporte. A estrada D. Francisca, em seu estudo original, teve início em 1853 e era para ser projetada para ligar Joinville ao Planalto Norte Catarinense, ou seja, Mafra. A estrada recebeu esse nome em homenagem à esposa do Príncipe de Joinville, D. Francisca.


O trecho até Mafra ficou pronto em 1888, e foi considerada, na época, a estrada mais importante da América Latina. Mais tarde (sem precisão de data), foi aberta uma picada que ligava Mafra a Porto União, melhorada alguns anos depois, tornando-se uma continuidade da D, Francisca. Na década de 70, foi asfaltado o trecho até Canoinhas, com a denominação de BR-280. Na década de 80 o asfalto chega até Porto União. A estrada D. Francisca sempre foi a única ligação do município com o litoral catarinense, porém, pouco usada devido às dificuldades do trecho Porto União — Mafra. A BR-280 veio, finalmente, estabelecer a ligação definitiva, não só com o litoral, mas, também, com a Capital do Estado de Santa Catarina. 


Na década de 70, Porto União criou a Área Industrial, sendo localizada no Capão Grande. Toda indústria que queira se instalar em Porto União, tem espaço garantido naquela área.

 

Mais União

www.maisuniao.com.br

01/06/2013 12:06