9. Pesquisas buscam a redução dos níveis das enchentes em União da Vitória

12/08/2012 20:19

Curva da ressaca

 

TUCCI, VILLANUEVA (1997) analisaram os efeitos de um alargamento na altura da curva (seção UV5A) até atingiras dimensões do trecho mais largo logo abaixo (seção M3) e uma retificação de maior vulto, encurtando o trecho do rio em 1000 metros, afim de verificar a redução nos níveis das enchentes na cidade.

 

O critério para um alargamento igual ao ponto mais abaixo da curva é adotado porque, um rio, naturalmente, tende a se ajustar às condições de escoamento já existentes (por erosão e/ou deposição de sedimentos). A seção na curva é estreita e funda. Se fosse mais larga, a velocidade seria menor, o rio tenderia a depositar sedimentos, elevando o fundo até se ajustar às novas condições.

 

O nível das enchentes de 1983 e 1992 com o alargamento na curva seriam reduzidos em 8 centímetros no local, diminuindo em direção a cidade, até chegar a 3 centímetros, em União da Vitória.  

 

A retificação da curva, encurtando o trecho em 1000 metros, reduz as enchentes naquele lugar em 21 centímetros e, em União da Vitória, 8 centímetros.

 

 

Aterros das pontes nas cidades

 

Aterros de pontes obstruem a capacidade de escoamento, influenciando os níveis de água nas planícies de inundação. A extensão da ponte Manoel Ribas (seção M8), por onde passa o rio, é de 200 metros. Os 10 pilares da ponte ferroviária exercem um efeito importante de condutância hidráulica.

No estudo sobre a influência das duas pontes se imaginou que elas não existissem. Para a enchente de 1992, a diferença foi praticamente nula e no caso da cheia de 1983, teria sido 12 centímetros menor.

 

 

Duplicação de canal na Fazenda Brasil

 

Um dos motivos para os resultados obtidos com a retificação da curva da ressaca é a distância entre ela e a cidade. Por isto, se analisou a contribuição de urna obra mais próxima a União da Vitória, duplicando um trecho do rio na Fazenda Brasil. A redução dos níveis das enchentes de 1983 e 1992 ao longo da cidade seriam de 20 centímetros.

 

A consideração de que os custos destas medidas e seus resultados não apresentam a solução esperada para as enchentes, sinaliza para a população e para o Poder Público a necessidade de buscar novos caminhos.

 

A SEC-CORPRERI, receosa de que o dique estaria "confinando" a cidade de União da Vitória entre o cinturão de terra e concreto e a divisa com Porto União, criando e promovendo uma estética opressiva à população e à cidade; considerando que as medidas estruturais propostas tem custo maior que o benefício (exceto curva da Ressaca e Fazenda Brasil) estudou e estimula uma outra alternativa para a questão das enchentes que chamou de "PROGRAMA UNIÃO DA VITÓRIA".