9. Pesquisas buscam a redução dos níveis das enchentes em União da Vitória
Curva da ressaca
TUCCI, VILLANUEVA (1997) analisaram os efeitos de um alargamento na altura da curva (seção UV5A) até atingiras dimensões do trecho mais largo logo abaixo (seção M3) e uma retificação de maior vulto, encurtando o trecho do rio em 1000 metros, afim de verificar a redução nos níveis das enchentes na cidade.
O critério para um alargamento igual ao ponto mais abaixo da curva é adotado porque, um rio, naturalmente, tende a se ajustar às condições de escoamento já existentes (por erosão e/ou deposição de sedimentos). A seção na curva é estreita e funda. Se fosse mais larga, a velocidade seria menor, o rio tenderia a depositar sedimentos, elevando o fundo até se ajustar às novas condições.
O nível das enchentes de 1983 e 1992 com o alargamento na curva seriam reduzidos em 8 centímetros no local, diminuindo em direção a cidade, até chegar a 3 centímetros, em União da Vitória.
A retificação da curva, encurtando o trecho em 1000 metros, reduz as enchentes naquele lugar em 21 centímetros e, em União da Vitória, 8 centímetros.
Aterros das pontes nas cidades
Aterros de pontes obstruem a capacidade de escoamento, influenciando os níveis de água nas planícies de inundação. A extensão da ponte Manoel Ribas (seção M8), por onde passa o rio, é de 200 metros. Os 10 pilares da ponte ferroviária exercem um efeito importante de condutância hidráulica.
No estudo sobre a influência das duas pontes se imaginou que elas não existissem. Para a enchente de 1992, a diferença foi praticamente nula e no caso da cheia de 1983, teria sido 12 centímetros menor.
Duplicação de canal na Fazenda Brasil
Um dos motivos para os resultados obtidos com a retificação da curva da ressaca é a distância entre ela e a cidade. Por isto, se analisou a contribuição de urna obra mais próxima a União da Vitória, duplicando um trecho do rio na Fazenda Brasil. A redução dos níveis das enchentes de 1983 e 1992 ao longo da cidade seriam de 20 centímetros.
A consideração de que os custos destas medidas e seus resultados não apresentam a solução esperada para as enchentes, sinaliza para a população e para o Poder Público a necessidade de buscar novos caminhos.
A SEC-CORPRERI, receosa de que o dique estaria "confinando" a cidade de União da Vitória entre o cinturão de terra e concreto e a divisa com Porto União, criando e promovendo uma estética opressiva à população e à cidade; considerando que as medidas estruturais propostas tem custo maior que o benefício (exceto curva da Ressaca e Fazenda Brasil) estudou e estimula uma outra alternativa para a questão das enchentes que chamou de "PROGRAMA UNIÃO DA VITÓRIA".